Oṁ é o mantra mais importante de todos e representa o som do infinito, do Ilimitado.
Entoar o mantra Oṁ em qualquer situação em que vamos começar algo propicia um início auspicioso e de harmonia. Ele marca o início de algo, tem a capacidade de tornar um momento inicial importante.
Também pode ser entoado ao fim de alguma situação, pois tem o poder de “zerar” o erro, trazendo a seguinte ideia: o que foi já foi, que seja assim.
Seu som também é considerado harmônico, trazendo harmonia e equilíbrio ao momento e espaço em que é entoado.
A sílaba sagrada Oṁ é composta pelas letras A, U e M – no entanto, não se pronuncia “aum”, pois de acordo com a regra gramatical do sânscrito “a” e “u” juntos formam o som “ô”.
Existem muitos significados atribuídos ao mantra, geralmente representado por grupos de três coisas.
De acordo com os Vedas (Mandukya Upanishad, dedicada à explicação do mantra Oṁ), temos as seguintes considerações:
A – representa a criação, o poder da criação, o corpo físico e o estado acordado;
U – representa a manutenção da criação, o corpo sutil e o mundo das ideias (sonho);
M – representa a dissolução, a morte, o fim, o corpo causal e o inconsciente (sono profundo).
Pode-se também fazer uma associação à Trimurti, a trindade das divindades do Hinduísmo, representada por Brahma (criador do universo), Vishnu (preservador ou mantenedor da ordem cósmica) e Shiva (destruidor, que transforma para dar espaço ao novo).
É por esse motivo que se diz que o Oṁ contém todo o universo e é o nome de tudo que existe.
Pode ser utilizado como instrumento de meditação, por exemplo, com o japamala, o colar ou cordão de meditação, feito de contas, em que cada conta corresponde à repetição de um mantra. Japa significa repetição e mala colar.
A repetição do mantra Oṁ invoca proteção, pois significa aquilo que sustenta, aquilo que protege (o Ilimitado, o Todo). É a conexão com a nossa própria natureza, o caminho de volta para casa.
